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sexta-feira, 11 de abril de 2008

Coração de Palhaço

Palhaço Curió
Eu ando em busca de horizontes, companheiros.
E não é o dinheiro que me faz viver assim,
mas é o desejo de cumprir esta missão
que o patrão lá do céu deixou pra mim.
Me realizo ao ver você sorrindo,
e as vezes, até pedindo
que eu não pare muito breve.
Pois quando eu vejo cada um dando risada,
sinto uma paz abençoada
e vou dormir com a alma leve.
Meu repertório tem histórias meio loucas
e eu faço caras e bocas
pra vocês rirem do meu jeito.
Mas o culpado de fazer tudo o que eu faço
é um coração de um palhaço,
que eu carrego no meu peito.
O meu sorriso, ta sempre junto comigo.
Com ele eu conquisto amigos
e minha arte cira asas.
Minha risada é uma porta escancarada
que avisa a quem vem na estrada
que o coração está em casa.
Ao meu anjinho protetor eu agradeço
porque o meu endereço,
ele sabe e não esquece.
Se ele percebe que eu estou meio trsitonho,
pede pra Deus, e num sonho pra me ver
ele aparece e ele me diz:
Vai em frente companheiro,
alegres este povo inteiro que sorri quando te vê,
porque se um dia tú parar ou desistir
de fazer o povo rir, tú não terás razão de ser.
E é por isto que eu vivo tão feliz
ei de fazer mais do que fiz, não me falta inspiração
pra Deus do céu agradeço emocionado
por este meio abençoado, de ganhar o pão.

quinta-feira, 10 de abril de 2008

O NAVIO NEGREIRO COM EURI SILVA


NOTICIA NO SITE:

http://www.fernandopolis.sp.gov.br/ Amigo Euri Silva: Meu primeiro Prefº de Teatro

Data: 04/04/2007



O Teatro Municipal de Fernandópolis, através da Diretoria Municipal de Cultura vai exibir dia 12 de abril, a peça O Navio Negreiro, baseada na obra de Castro Alves. Os ingressos estarão disponíveis no Teatro no dia da apresentação, no valor de R$ 5 (inteira) e R$ 3 (estudante). Elenco: Eurí Silva e direção de Adonías Garcia, da Associação Cultural e Educacional João Falcão, de Barretos. A peça poderá ser vista em três sessões, às 10h, 15h e 20h.O espetáculo O Navio Negreiro foi construído a partir do poema “O Navio Negreiro” do poeta baiano Antônio Frederico de Castro Alves e textos adicionais do diretor Adonias Garcia. Nizamba é o personagem criado para viver a tragédia do povo negro que era trazido da África em condições desumanas e posteriormente se tornou, no Brasil, vítima de tantas injustiças sociais. Ele é também o ser mítico e arquetípico, mostrado na cena inicial do espetáculo que é atacado pelo pássaro imaginário, simbolizando todo aprisionamento humano, numa referência ao mito grego de “Prometeu”. A peça tem três partes, a realidade mítica; a passagem do mar através do navio e a realidade atual. As duas últimas partes se misturam enquanto a primeira parte está isolada na mise-en-scène. O espetáculo se vale de ritmos negros e de outras referências musicais para criar a atmosfera proposta, os elementos cenográficos são simples, funcionais e simbólicos; a interpretação do ator Euri Silva parte do distanciamento, se valendo de elementos naturalistas e expressionistas.Espetáculo construído em torno do poema O Navio Negreiro de Castro Alves. Textos adicionais de Adonias Garcia.Interpretação - Euri SilvaDireção – Adonías GarciaPreparação corporal - Osmildo AndradeCenário e figurino - Osmildo Andrade e Aguinaldo SilvaCostureira - Lindalva de Oliveira MafraIluminação - Adonias Garcia e Paulo Henrique da SilvaConcepção de sonoplastia - Isael BarrosoConstrução de sonoplastia - Isael Barroso e Suênio EspíndolaEdição e gravação - Marcio ColtriOperação de som - Orlando NetoOperação de Luz - Fábio Henrique de SousaLocução - Toninho Messias e Adonai César MendonçaVoze de abertura - Juliana MafraCenotécnica - Vladimir FalcãoFotos e cartaz - Cornélio Jr.Concepção e direção - Adonias GarciaProdutores - Zezé Lamartini, Netinho Scavacini, Marcos Gricha e Celso Nápoli.Assessoria de projeto - José Geraldo ResendeProdução executiva - Eurí SilvaPresidente do Instituto João Falcão - Carlos Roberto Ferreira.
Fonte: Assessoria de Imprensa


Marcos Gricha em Brasilia



SAMAMBAIA SUL - DF






Recentemente chegado a Samambaia, Marcos Gricha é forte candidato a oficineiro do IACC. Participa do grupo Os Sombras, de Novo Horizonte/SP. Viaja em visita a hospitais por diversas cidades brasileiras com o personagem Dr. Alegria, um risoterapia que cura à base de gargalhadas. Quem o trouxe para Samambaia foi Cátia Ribeiro que aqui atua como animadora de festas infantis sob o pseudônimo de Tia Jujubinha. “A porta que se abriu foi o IACC, onde tem teatro, música, dança...”, diz ele.Como essas existe mais 36 Oficinas em desenvolvimento, abertas à participação da comunidade.


Teatro ( Esperando na Rodo)

O espetáculo teatral "Esperando na Rodo" deverá estar em cartza me Novo Horizonte no mês de maio!.. Aguardem!!!

ESPERANDO NA RODO..


A rodoviária é o ponto de chegada e partidas. Local de encontro e desencontros. Nela, sozinho, Jeca espera partir para o sucesso e a fama da cidade grande. Quer, mas não tem a certeza disto - deixa para trás o cotidiano pacato da roça da cidadezinha do interior. Se desencontra de seu primo que o convidara para tentar a sorte na capital, se desencontra de si mesmo e ao se sentir sozinho, se descobre frágil e ridículo, como a essência do palhaço. As situações que vive na rodoviária imaginária, convida o espectador para uma viagem rumo ao universo do jovem que sonha e carrega consigo, em sua maleta, poesia com cheiro de terra.

Reinaldo Facchini

Ator / Palhaço / Diretor / Produtor


Iniciou sua carreira de ator em Pirassununga - SP em 1993. Fundou o grupo “Teia de Teatro” que atua desde então em performances explorando o contato direto com o público. Integrou o grupo “Trupe Circulante” desenvolvendo Teatro de Rua e a Arte Circense, explorando suas habilidades com Pirofagia (cuspir fogo), Swing (fitas, fogo) e Perna – de - Pau.
Em 1995 integra o ”Núcleo de Teatro da USP” – Pirassununga onde durante quatro anos participou de diversas montagens de espetáculos cômicos. Desta experiência nasce o desejo de aprofundar seus conhecimentos sobre a comicidade, resultando no encontro com o palhaço.
Em 2000 na oficina ”A Nobre Arte do Palhaço” ministrada por Márcio Libar, nasce o palhaço “Jeca“.integrou o grupo “Valdevinos de Oliveira – Pequeno Teatro Cômico”, um espaço de construção e pesquisa em torno da linguagem do riso, da comicidade., depois em carreira solo, sua pesquisa se direciona aos universos “Caipira” e o “Palhaço”, dando origem ao “Projeto Clowmpira”, que resultou em nove módulos (Pesquisa/ Oficina adulta/ Espetáculo/ Intervenção/ Oficina infantil/ Exposição/ Almanaque/ Cordel/ site).
www.sitiodojeca.com

Cecília Meireles

AQUELE QUE APROXIMA OS QUE SEMPRE ESTARÃO
Cecília Meireles
Aquele que aproxima os que sempre estarão distantes e desunidos e separa os que pareceriam para sempre unidos e semelhantes enxuga meus olhos no alto da noite de mil direções.Encostada a seu peito,contemplo desfigurada o negro curso da vida como, um dia,do alto de uma fortaleza vi a solidão das pedras milenares que desciam por suas arruinadas vertentes.

Esse espeço é pra arte em geral!

Império do Silêncio

Jiddu Saldanha,Mímico
O Império do Silêncio!
Mímica é um delicioso jeito de contar histórias utilizando elementos que preenchem a cena com harmonia e irreverência. Antonin Artaud, Bob Wilson, Gerald Thomas, Antunes Filho e outros grandes encenadores modernos, por não subestimarem a mímica como parte de suas linguagens, tornaram-se arautos do teatro moderno, respeitados e imitados por muitos fãs no mundo inteiro.

O segredo desses mestres, foi a revolução que buscaram fazer no corpo do ator, respeitando principalmente sua gestualidade. Quando o gesto do ator é cuidadoso, seu trabalho ganha força nos palcos.
Na década de 90 sente-se no ar que algo está para acontecer na arte do gesto. A maioria dos mímicos que vieram no rastro de Marcel Marceau sentem a necessidade de se reciclarem e estão descobrindo a complexidade desta arte que, paradoxalmente, é amiga íntima da simplicidade!
O panorama confuso que paira sobre nós é notório como em todas as profissões, a revolução da "era da informática" desmistificou a imagem do mestre como o provedor de todo conhecimento. Está claro que só é mestre quem sabe que não sabe o suficiente e precisa aprender mais. O maior exemplo disso é o incansável Etiénne Decroux, que viveu 92 anos pesquisando a mímica e deixou o embrião de uma arte que ainda tem muito que amadurecer.
Diante deste emaranhado de idéias e especulações que surgem na "nossa arte" do gesto só é possível concluir que: os atores gestuais, sejam eles mímicos, clowns, brincantes, essenciais, atores de máscaras e outros gêneros são, na verdade, a gênese de um novo tempo, de uma outra forma de teatro que não será mais o império do silêncio, tão pouco, o da palavra.

História da Mimica


Estarei em breve editando uma História completa sobre a mimica pra q vc leitor possa entender mais sobre meu trabalho. na fotos vc vê Marcelo Domingues, Gil e Eu Marcos Gricha, era nosso antigo Grupo de Sombras q fez História em Nossa região. Hoje Gil e Marcelo tem Um Grupo Paralelo ao meu , mais o trabalho cresceu.
Sucesso aos novos Sombras!
Marcos Gricha

Charles Chaplin Um mito!


Sir Charlie Spencer Chaplin foi ator, diretor, produtor e autor cinematográfico. Considerado o maior ator da história do cinema, Chaplin é aclamado por muitos como o maior artista que já existiu. Chaplin inspirou a vida de muitas pessoas com suas comédias e personagens criativos, atingindo fama mundial através do cinema mudo.
Charles Chaplin nasceu em Londres, no dia 16 de abril de 1889. Sua família era pobre e Chaplin passou grande parte de sua infância em um orfanato. Chaplin nunca soube a identidade de seu pai verdadeiro. Sua mãe, Hannah, era uma atriz mal sucedida que passou a infância de Chaplin em institutos psiquiátricos. Chaplin e seu irmão cresceram como órfãos. Seu padrasto era alcoólatra, tendo abandonado sua mãe quando Chaplin ainda era criança.
Desde os cinco anos, Chaplin e seu meio-irmão Sidney faziam apresentações pelas ruas. Chaplin deixou a escola aos 10 anos e foi trabalhar como mímico. Em 1910, ele viajou para os Estados Unidos com seu grupo de mímica, os Comediantes Silenciosos de Fred Karno, permanecendo no país.
Em 1913, Chaplin juntou-se aos Estúdios Keystone, na Cidade de Nova Iorque. Sua primeira aparição no cinema foi em 1914, no filme Carlitos Repórter, que lhe trouxe fama nacional. Ainda em 1914, com o filme Corridas de Automóveis para Meninos, surgiu o personagem do Vagabundo, representado pelo próprio Chaplin. O Vagabundo se tornaria um marco na carreira de Chaplin.
Em 1918 Chaplin criou seu próprio estúdio, o United Artists, juntamente com Douglas Fairbanks, Mary Pickford e D. W. Griffith. Permaneceu sócio do estúdio até 1952. Na United Artists, Chaplin tornou-se a primeira, e provavelmente a única pessoa a controlar todos os setores da produção cinematográfica, incluindo seleção de elenco, direção, produção, edição e atuação.
Em 1927, na industria cinematográfica, o som foi o introduzido à produção de filmes. Chaplin se recusou a adicionar voz aos seus personagens, continuando a trabalhar com a mímica. Chaplin apenas veio a mudar de linha em 1940, com seu primeiro filme falado, em um de seus melhores filmes, O Grande Ditador.
Apesar de ter vivido décadas nos Estados Unidos, Chaplin nunca se tornou um cidadão americano. Ele se considerava um cidadão do mundo, rejeitando e ridicularizando qualquer tipo de patriotismo. Durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, Chaplin fez trabalhos com mensagens políticas: na Segunda Guerra Mundial, ele criticou Hitler e os Nazistas, e na Guerra Fria ele expressou sua simpatia em relação aos pacifistas e comunistas. Por causa de alguns de seus filmes politizados, Chaplin acabou vítima da campanha anti-comunista de Joseph McCarthy, conhecida como Macartismo ou “a caça às bruxas”. O FBI criou um dossiê contendo 2.000 páginas sobre o artista, sem nenhuma prova de que ele era comunista.
Em 1952, dois dias após partir para a Inglaterra para promover seu novo filme, Chaplin teve seu visto de entrada para os Estados Unidos removido. Ele então foi morar na Suíça, onde viveu até o fim de sua vida com sua esposa Oona e sua família.
Em 1972, 20 anos após ter tido seu visto americano confiscado, Chaplin foi convidado a voltar aos Estados Unidos para receber um Prêmio Honorário, na cerimônia de entrega do Oscar, por suas contribuições à indústria cinematográfica. Na premiação, Chaplin recebeu a maior ovação de toda a história do Oscar. Três anos depois, em 04 de março de 1975, Chaplin recebeu uma das maiores honrarias que um artista pode receber: foi condecorado Cavaleiro do Império Britânico pela rainha Elizabeth II, obtendo assim seu título de Sir.
Apesar de muito admirado por seu trabalho, Chaplin era freqüentemente criticado em sua vida pessoal. Casou quatro vezes, sempre com mulheres bem mais jovens, e estas uniões não duravam muitos anos. Com sua segunda esposa, Lita Grey, Chaplin teve 2 filhos, e com a quarta esposa, Oona O´Neil, teve oito filhos. Oona tinha apenas 18 anos quando se casaram em 1943. O casal permaneceu junto até a morte de Chaplin, em 25 de dezembro de 1977.
Suas Obras
Charlie Chaplin foi sem dúvida um dos verdadeiros gênios da história da sétima arte. Em toda sua obra, o Vagabundo permanece como sendo o seu personagem mais famoso e adorado, aparecendo em mais de 70 filmes.
Em vários filmes, O Vagabundo faz de tudo pela mulher que ele adora, finalmente entendendo que elas nunca se apaixonariam por um vagabundo como ele. O Vagabundo usava um fraque, sapatos grandes, um chapéu e uma bengala. O personagem foi inspirado na infância pobre do próprio Chaplin, O Vagabundo tornou-se uma figura humana, adorada em todo o mundo.
Chaplin hesitou em adicionar o som a seus filmes até 1931, com Luzes da Ribalta. Nele, o Vagabundo continuou se expressando através de mímica, vivendo um amor platônico por uma vendedora de flores cega. Chaplin adicionou trilha e efeitos sonoros ao filme, mas nenhum diálogo. A partir de então ele passou a compor trilhas sonoras para seus filmes e adicionou música a alguns de seus antigos clássicos.
O Vagabundo somente recebeu voz ao cantar uma música no filme Tempos Modernos (1936). Em seguida, Chaplin abandonou o papel do Vagabundo e passou a representar personagens diversificados. Esta transição é marcada por O Grande Ditador (1940).
O Grande Ditador (1940) foi o primeiro filme de Chaplin inteiramente falado, uma mescla de comédia com uma afiada e irônica crítica política. Chaplin representa dois papéis no filme, o de um barbeiro judeu e o de um ditador, um “Hitler” do país da Tomania. Outro personagem da obra, Benzino Napaloni de Bactéria, é uma caricatura fiel de Benito Mussolini.
Em 1947, Chaplin lançou o filme Monsieur Verdoux, um trabalho brilhante com uma distinta visão do pós-guerra e pós-Holocausto.
Entre as mais importantes obras de Charlie Chaplin estão: O Garoto (1921), Pastor de Almas (1923), Em Busca do Ouro (1925), O Circo (1928), Luzes da Cidade (1931), Tempos Modernos (1936), O Grande Ditador (1940), Monsieur Verdoux (1947), Luzes da Ribalta (1952) e Um Rei em Nova Iorque (1957).
Fontes: 10emtudo.com.br

DOUTORES DA ALEGRIA

Doutores da Alegria – O lado invisível da vidaSinopse / Escrito por Wellington Nogueira, este livro é um encontro entre o universo do palhaço e a história dos Doutores da Alegria.Um livro repleto de belíssimas fotografias tiradas por renomados fotógrafos, e de lindas ilustrações, que fará você entrar no mundo deste importante arquétipo - que é o palhaço.O que temos a aprender com os encontros entre crianças e palhaços no hospital?Você não perde por esperar: Doutores da Alegria – o lado invisível da vida é um convite a essa jornada.Trecho / "Quanto mais fui me envolvendo com a arte e a técnica do palhaço por conta do trabalho no hospital, mais necessidade tive de entender sua história, sua essência, seu impacto. Também fui procurando traçar paralelos com o mundo contemporâneo para tentar compreender melhor o papel do palhaço em nossas relações com a vida e o movimento do palhaço no hospital e no mundo. No hospital, o palhaço é um pouco de cada uma de suas milenares manifestações. Ele não é uma coisa só. (...) E o hospital é o primeiro lugar onde ele é chamado, porque ali a crise é aparente. Tudo isso me leva a pensar que num futuro próximo, o palhaço vai entrar em outros locais como escolas, prisões, empresas, todos os lugares onde seja necessário rever nossa relação com o mundo, com a vida. Onde for preciso transformação, o palhaço vai estar lá!". Wellington Nogueira (em "Uma nova forma de arte). Ficha TécnicaProjeto Editorial: Mara Mourão e Maurício DiasProjeto Gráfico: Sílvia RibeiroFotografias: Bob Wolfenson, Juan Esteves, Kiko Ferrite e Ricardo TelesIlustrações: Breno TamuraProdução: Grifa Mixer e Mamo FilmesPatrocínio: Companhia Siderúrgica NacionalApoio: Lei de Incentivo à Cultura / Ministério da CulturaOnde adquirir: Loja Virtual, ou na Livraria Cultura.

ARTE DE FAZER RIR



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A arte de fazer rir com palavras e desenhos

Aos sete anos, a inglesa Babette Cole já havia escrito seu primeiro livro. Em razão disso, ela nunca teve dúvida sobre a profissão que gostaria de seguir no futuro. Além de escrever, Babette também se dedicou à arte de ilustrar. Unindo as duas habilidades, tornou-se um talento reconhecido mundialmente, que pode ser comprovado nas mais de 70 obras publicadas, voltadas principalmente às crianças.
Nesta entrevista, Babette fala de literatura infantil e de sua determinação em construir uma carreira de sucesso. Aproveita até mesmo para dar conselhos a quem quer aventurar-se no mundo da escrita. "Você precisa ser muito bom, estar no lugar certo no momento certo, ter muita sorte e uma imaginação brilhante", receita.
Como você se tornou uma autora e ilustradora?Babette Cole: Basicamente acreditando que eu era a melhor. Estava muito determinada a conseguir que meu trabalho fosse reconhecido por pessoas influentes. Comecei na tevê com crianças e, depois, tive a certeza de que meu trabalho estava sendo publicado entre as melhores editoras de livros infantis. Cresci tendo um editor que realmente acreditava no que eu estava tentando fazer.
É preferível combinar as duas áreas ou há mais oportunidades para aqueles que se especializam em somente escrever ou desenhar?Babette: Se você for uma daquelas raras pessoas que vêem coisas em palavras e figuras ao mesmo tempo, tem várias vantagens. O editor não precisa procurar alguém para ilustrar seu trabalho, e você não divide seus royalties. Além disso, é muito mais difícil conseguir trabalho de ilustração.
De onde vêm suas idéias?Babette: De lugar nenhum e de todos os lugares. Figuras e palavras vêm à minha cabeça ao mesmo tempo. É como se um filme estivesse passando pela minha mente.
O visual e a história em si têm o mesmo peso em livros infantis?Babette: Depende do assunto, mas, do meu ponto de vista, ilustrações e palavras têm o mesmo valor.
Você sente que livros de figuras são um meio importante para o aprendizado da criança?Babette: Sim, você vê as figuras antes de aprender as palavras.
Quais são os principais comentários que você recebe sobre livros como Mamãe Botou um Ovo! ou Cabelinhos Nuns Lugares Engraçados?Babette: A maioria das pessoas queriam ter lido livros como estes quando eram crianças. Mas algumas estranham a franqueza e irreverência dos livros.
Qual é seu livro ou personagem preferido? Babette: Tenho muitos livros e personagens preferidos, é difícil escolher um. Entre os livros infantis, cito Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll; a duquesa é minha personagem favorita.
Há algum tópico que você não colocaria em um livro infantil? Babette: Há muitos que não seriam apropriados. Só lido com questões difíceis que sempre intrigam as crianças.
Incluir humor em seus livros ajuda crianças a aceitar o que o livro está tentando ensinar?Babette: Definitivamente. Se você pode fazer alguém rir, consegue atrair a atenção dessa pessoa.
Você espera despertar alguma reação nas pessoas com seus livros?Babette: Muitíssimo. Toda arte deve provocar algum tipo de reação para ser arte verdadeira.
A que faixa etária seus livros são destinados?Babette: Os livros não são destinados a uma idade específica. Eles são destinados para quando você e seu filho estiverem preparados para eles.
Você tem filhos?Babette: Não, nunca cresci o suficiente.
Acha que é necessário ter filhos para escrever livros infantis?Babette: Não. Os melhores escritores nunca foram pais. Lewis Carroll, Edward Lear, E. M. Barry, Beatrice Potter e muitos outros. Se tivesse um filho, veria coisas de uma maneira bem diferente. Teria me tornado mais responsável, talvez. Tenho sorte, pois nunca tive de crescer, como Peter Pan. Talvez isso queira dizer que ainda vejo coisas de uma maneira infantil, mas consigo ser um adulto ao mesmo tempo.
Qual conselho daria a crianças que queiram se tornar escritores e ilustradores?Babette: Não tente fazer ilustrações, a menos que você tenha um dom para isso. Caso domine esse dom, então desenhe o que você quiser e quando quiser. Mantenha cadernos de rascunho e olhos abertos. Para o futuro escritor, leia o máximo que puder, mantenha seus olhos e ouvidos abertos e alimente sua imaginação com o que ela pede.
E que dica você daria a quem quer publicar um livro?Babette: Procure duas coisas: livros parecidos ao seu e uma editora. Envie sua obra ao editor ou peça uma entrevista. Acredite que você é o melhor do mundo, ou ninguém acreditará em você. Persista e não se abale com frases do tipo "Não, obrigado" ou "Mande para outra editora".
Há diferenças entre ilustrar um livro e outro tipo de ilustração ou pintura?Babette: É necessário estar ciente de como seu trabalho vai ficar depois de produzido. Quem deseja ser um ilustrador deveria visitar uma gráfica, pois há muitos princípios técnicos importantes a serem aprendidos. Conhecimentos gráficos são muito importantes.
Qual é sua filosofia de vida?Babette: Faça tudo como se fosse para você mesmo. Seja magistral. Sorria e vá em frente.
O que deseja para este novo milênio?Babette: Gostaria que houvesse somente um dia, anualmente, dedicado para que todos no mundo fossem bons uns com os outros. Então todos nós talvez pudéssemos nos lembrar por que estamos aqui na Terra.
Parte deste conteúdo foi retirado do site http://www.babette-cole.comTradução de Angélica FreitasData: 17/04/2003
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